Safari

Acordar cedo no Rajastão é sempre a melhor opção, principalmente se o dia que se segue é passado no deserto do Thar.

Pequeno almoço à medida num terraço às 8:00h da manhã, seguir para o jipe até chegarmos ao ponto de partida do safari de camelos. 

Devo dizer que as minhas expectativas foram as melhores mas o que se seguiu foi completamente inesperado.

Quando chegámos ao pé dos camelos já o calor se fazia sentir bastante, mas nada que não fosse suportável. Duas horas a andar em cima de um bicho que, coitado, levava mais carga em cima que uma carrinha de caixa aberta. 

Quando parámos para almoçar, em baixo de uma qualquer árvore, a minha água era chá e de uma forma bastante natural pedi água fresca pois já não conseguia suportar a sede. Para minha infelicidade toda a água que havia estava igualmente quente, se não pior que a minha. Não havia muito a fazer, só mesmo esperar que os três indianos caricatos acabassem de cozinhar e fazer o  chai. Bebi com prazer o tal chai indiano, já a comida... Naturalmente a escaldar e naturalmente picante! Um molho amarelo com vegetais, uma massa tipo aletria e chapatis... E água quente. 

Depois da sesta passada no chão, um dos indianos olhou para o lado e achou que a cabra que por ali passava daria um bom leite para o chai. O que é que ele fez? Apanhou-a e tirou o leite que a coitada tinha. Foram poucos os que beberam daquela vez a tradicional bebida mas nós não podíamos deixar de experimentar.

As horas que se seguiram pareciam intermináveis. A minha água continuava a ficar mais  e mais quente e as minhas pernas estavam de rastos pela falta de conforto em cima do camelo.

Como aprendi nesta experiência ( e bem!) depois do esforço vem a recompensa, e acreditem, foi maravilhosa! 

Areia fina, cores douradas, um vento suave e quente, um por do sol laranja.. Adjectivos dignos de serem usados para descrever o final de dia passado num deserto.

Desta vez, a hora da refeição pareceu-me melhor, principalmente porque sabíamos que a cerveja que tínhamos pedido chegaria a qualquer momento. A qualquer momento revelou-se em três ou quatro horas depois...

A aragem fresca da noite foi um alivio e o céu já começava a mostrar algumas estrelas. Deitámo-nos a contemplar este céu que, segundo o meu irmão Diogo, fica mais perto de nós. e com razão! Parece mesmo que podemos apanhar umas quantas estrelas.

A meio da noite acordámos e a lua já não fazia parte da vista. Foi então que vimos a via láctea, um manto branco contínuo e lindo e o céu com ainda mais estrelas do que aquelas que me recordava. 

Acordar foi igualmente maravilhoso e inovador, nem que seja pelos sete camelos à nossa volta com aquela expressão fixa deles que dão a impressão de se estarem sempre a rir.

Depois desta experiência o rumo foi a Goa que é onde nos encontramos agora, com o mar à frente, algo para depois partilhar.

Wake up early in Rajasthan is always the best option, especially if the following day is passed in the Thar desert.

Breakfast on a terrace at 08:00 in the morning, go to the Jeep until we get to the starting point of the camel safari.

I have to say that my expectations were the best but what followed was completely unexpected.

When we arrived at the camels, the heat was already so hot but nothing that was not bearable. Two hours to ride upon an animal that, poor, took more charge upon which an open-box minivan.

When we stopped for lunch, under any tree, my water was hot as a tea and I asked for a cold water. To my unhappiness all the water that had was equally hot, if not worse than mine. There wasn't much to do, just wait the three Indians had finished cooking and make the chai. I've  drank with delight the Indian chai, but the food ... Of course hot and of course spicy! A yellow sauce with vegetables, a mass like noodles and chapatis ... And hot water.

After the last nap on the floor, one of the Indians looked to the side and thought the goat that was there would give a good milk for chai. What he did? Caught it and took the milk the poor thing had. Were few who drank from that time the traditional drink but we could not fail to try.

The hours that followed seemed endless. My water kept getting more and more hot and my legs were blurred by the lack of comfort on top of the camel.

As I learned from this experience (and good!) after the effort comes the reward, and believe me, it was wonderful!

Fine sand, golden colors, a mild and hot wind, an orange sunset . Adjectives worthy of being used to describe the end of the day passed in a desert.

The time of the meal it seemed better, mainly because we knew that the beer we asked would come at any time. At any time it was revealed in three or four hours later ...

The fresh breeze of the night was a relief and the sky has started to show some stars. We laid down to contemplate this sky which, according to my brother Diogo, is closer to us. And with good reason! It seems that we can catch a few stars.

In the middle of the night we woke upnand looked up and the moon was no longer part of the view. It was then that we saw the milky way, a continuous white robe and beautiful and the sky with more stars than I remembered.

Wake up was also wonderful and innovative, even by the seven camels around us with that fixed expression of them that give the impression of being always laughing.

After this experiment the course was the Goa that is where we are now, with the sea in front, something to share later.