Após dois anos
Dois anos que passaram. Dois anos desde que senti que, para já, aqui não era o sítio mais perfeito para viver na minha melhor fase de vida. Tinha voltado há um ano da Ásia, tinha-me redefinido em HK, tinha encontrado uma certeza de que pelo menos mais uma vez na minha vida tinha de saltar fora do meu mundo perfeito. Não sei até que ponto seria uma forma de me fazer valer a mim mesma ou pelo simples facto de eu ser mesmo assim: livre, desprendida, aventureira e, acima de tudo, alguém que se encontra melhor no meio do nada do que a confidenciar com os meus. Passaram, entretanto, dois anos que estive em HK e nunca mais senti aquela sensação de estar no sítio certo, há hora certa. Lutei para encontrar um emprego lá: levei as minhas primeiras negas, os meus primeiros desapontamentos reais, senti-me um tanto descalça na selva da vida e assumi que não era altura, deixando-me conformar com a vida louvável que adquiri aqui, em Lisboa. Em Dezembro tive um encontro de sorte, um caminh