Good Morning Hong Kong
Sete horas a mais que em Portugal.
São oito da manhã em Hong Kong e eu tenho uma mala gigante para os próximos 20 dias que vou passar nesta cidade.
São oito da manhã em Hong Kong e eu tenho uma mala gigante para os próximos 20 dias que vou passar nesta cidade.
Chego à estação de Central e vejo com grande alegria o meu amigo Pedro à
minha espera. Apanhámos um taxi até casa em Chancery Lane, Soho, para deixar as minhas coisas e
nos metermos a caminho das ruas chinocas.
Primeira impressão? Tudo enorme, imensamente gigante. Os prédios
reflectem a luz matinal que enche a cidade de uma energia já contagiante. O
calor faz-se sentir mas o meu reencontro com ele é diferente. Não me provoca
aversão, não me faz querer um AC imediatamente. Pareceu-me uma boa
reconciliação.
Passeei pela cidade a manhã toda, sempre com a minha máquina na
mão a captar cada instante, cada passo que dou. Em poucas horas estava rendida. O frenesim que senti foi tão
entusiasmante que não olhei para os meus pés e não me cansei de olhar para cima e de respirar aquele
ar ofegante.
Corri os mercados de vegetais, frutas, peixe, carne, máscaras em
Graham Street e tudo era tão familiar que me encheu de nostalgia das viagens
que tinha feito por Bali, Tailândia e principalmente dos mercados da Malásia, que outrora me provocara uma certa azia. Passei por Ladder Street e depois Caine Road a
beber um café. Claro que ir ao Hong Kong Park para um encontro com uma vista e
natureza fantásticos fez parte da praxe de primeiro dia lá.
Mais tarde fui almoçar com o Pedro a um restaurante de fast food
vegetariano onde tudo era optimamente confeccionado e com um ambiente
naturalmente eco-friendly. Adorei esta minha nova faceta do healthy food, já
que normalmente adoro pedir tudo o que seja altamente calórico. No entanto, não
desfazendo o almoço veggan, o jantar foi seguramente uma delícia sem igual.
Em Hong Kong temos vários pratos típicos, sendo que sempre fui uma
aficionada pelo tradicional Dim Sum.
Foi num restaurante perto de Sheung Wan
(aqui pode falhar o meu sentido de orientação) que me perdi e encontrei com as
mil opções daquela tradição gastronómica que me apresentavam. Comemos com tanto
prazer (mais eu, claramente pela novidade do autêntico e fenomenal sabor)
bebemos Tsingtao , rimos e falámos sobre o que tinha levado na minha agenda e
no meu "to do list". Senti-me realmente noutro mundo e noutro
ambiente e não queria que os minutos passassem.
Foi um primeiro grande dia, uma agradável surpresa e um amor à
primeira vista. Andar pelas ruas encheu-me de vontade de fazer mil coisas com a
minha vida e senti-me autenticamente inspirada pelo andar das pessoas na rua,
os stalls por onde ia passando, e tudo à minha volta era motivo para rir sozinha,
para fazer uma revolução, para fazer mais e viver mais. E assim foi.
Vou escolher uma música, que foi a que mais ouvi neste dia e é a que me transporta para lá mal começa a tocar. Enjoy!
xoxo
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